domingo, 30 de dezembro de 2007

Relação entre a filosofia e o xadrez

Caso se aceite que a filosofia é a ciência que trata das propriedades, fundamentos, causas e efeitos das coisas, é evidente que tem semelhanças e relações com o xadrez.

No livro "Ajedrez, 2000 años de historia" lê-se: "É uma lástima que os teóricos do xadrez, tranqüilizados pelos práticos, hajam recorrido tão poucas vezes à filosofia como apoio intelectual.

O escritor francês Charles Baudelaire dizia que "a imaginação é a faculdade filosófica por excelência". No xadrez, a imaginação é indispensável para criar variantes e combinações. A antecipação imaginativa é o que conduz ao descobrimento e à invenção; é o agente principal na formulação de planos estratégicos.

Segundo Emanuel Kant, "a filosofia deve iluminar e dirigir o gênero humano em seu devido progresso até a felicidade universal". O mestre Segbert Tarrasch dizia: "O xadrez, como o amor, como a música, tem o poder de fazer os homens felizes".

Ludwig Wittgenstein disse: "Também poderia chamar-se filosofia ao que é possível, ao que está latente, antes de todos os descobrimentos e invenções". Um dos maiores atrativos do xadrez reside na expectativa de descobrir e inventar jogadas nunca vistas. Como a filosofia, o xadrez é uma busca do invisível.

O poeta mexicano, Marco Antonio Montes de Oca, em "Retrato" canta: "Lo invisible se ve si uno calcula de dónde a dónde llega"

Partida da oitava rodada do Campeonato Aberto mexicano 2002.

Brancas: Rafael Espinosa (2403)
Negras: Yadira Hernández (2229)
Hermosillo, Sonora, 30 de março de 2002
Defesa Philidor, (Eco C41)

1. e4 d6 2. d4 Cf6 3. Cc3 e5 4. Cf3 exd4 5. Cxd4 Be7 6. Bc4 O-O 7. f3 Cc6 8. a4 a5 9. Be3 Bd7 10. Dd2 Te8 11. O-O-O Bf8 12. g4 Ce5 13. Be2 c5 14. Cf5 Bxf5 15. gxf5 Db6 16. Bg5 Ced7 17. Bb5 Be7 18. Bxd7 Cxd7 19. Bxe7 Txe7 20. Cd5 Dd8 21. Cxe7+ Dxe7 22. Dxd6, as negras abandonam.

Artigo de Javier Vargas, publicado originalmente no site Clube de Xadrez Torre21.

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